domingo, 29 de novembro de 2009

O Amor não espera

O Amor não espera

“O amor joga
destelha casas
toca campainha
não espera acordar!”
Ricardo Valente – blog Poema & Filosofia


Vamos à rua!
Que o amor não espera.
Passa sem hora
Intermitente na eras.

Vamos à rua!
Protestar pelo amor,
Pela beleza da flor,
Pelo gosto da dor.

Vamos à rua!
Que lá a briga está
E a vida sem surra
É vida perdida.

Vamos à rua!
Rua sem saída.
Porque vida sem amor
É pior que amor sem vida.

Luís Américo

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

[Fábrica de Letras] Preto no Branco: Parecer de um negro sobre o mito do racismo

Negra liberdade

Preta, pretinha, sai da bainha da nega fulo.
Dança sua dança, vira criança baiana nagô.
Caia na roda, a saia embola, o dia chegou,
Negra liberdade, festa na cidade, aqueça o bongô.

Luiz Américo


Preto no Branco:
Parecer de um negro sobre o mito do racismo


   Para quem não me conhece, antes de qualquer coisa, irei me apresentar brevemente, de forma relevante para tal parecer: Me chamo Luiz Carlos, tenho 19 anos, sou negro, estudante de Direito, classe média e vítima do racismo.

   Apresentar-me como vítima de racismo não é uma estratégia de convencimento emocional, daquelas bem baratas utilizadas em alguns textos dessa temática. Não pretendo despertar sentimentos em ninguém com tal texto, e também não ensejo justificar tudo aquilo que será dito ainda com tal status alcançado por mim, o de negro e vítima de racismo, apenas pretendo mostrar que já vivi aquilo que irei dizer.

   O racismo tem sido mitificado ao longo das décadas, colocando-se para as crianças que o preconceito racial é algo claro, perceptível, desvelado, ultrajante. E quando o tempo vai passando e elas, na maioria das vezes, não se deparam com tal situação de desvelo, passam a acreditar que o racismo é realmente um mito, e que não existe na nossa sociedade, enquanto vão sofrendo discriminação velada sem nem se darem conta da situação.

   E quando surge um projeto que afirma que ainda existe racismo escondido nas nossas estruturas sociais e precisa ser combatido com projetos de inclusão. A reação das pessoas criadas nesse mito é ver isso como uma forma de reviver o preconceito racial que para eles estava morto. E deixa de ser um projeto de inclusão para se transformar em um projeto de exclusão.

   A comemoração do dia da consciência negra é por muitos considerada manifestação racista, pois atenta para a conscientização da diferença, criando-se um feriado para que o negro se conscientize, enquanto não existe um dia para que o branco se conscientize da sua posição na sociedade. Em relação ao dia do índio ninguém nunca se pronunciou, mas quando o negro se insere na situação o mito do racismo entra em cena e distorce a sua finalidade. Não existe um dia da consciência branca porque o branco não possui o mesmo status social que o negro possui, nem possui a mesma herança histórica de dominação que o negro possui, apesar de estar aparecendo uma espécie de contra-racismo, mas esse é tema para outro momento.

   O sistema de cotas raciais é por muitos visto como racista e discriminatório, pois trata os estudantes com parâmetros diferentes para o ingresso, e acaba por destacar os alunos aprovados por cotas raciais, gerando divisão nas salas de aula. As cotas abrem uma porta para que aflore o racismo nas salas de aula, mas há a necessidade de nos confrontarmos com a realidade do nosso país, um país multi-étnico, com desigualdades sociais, e só assim esse panorama poderá ser mudado. Isso gera espanto, numa sala que antes possuía 50 brancos de classe média e alta passa a ter negros, pobres, índios e deficientes físicos. Isso é inclusão, isso é isonomia, isso é igualdade de oportunidades. Igualdade não é fornecer tratamento dentário gratuito para pessoas de baixa renda, mas quando se passa a existir dentistas que vieram de uma família de baixa renda.

   É necessário admitir que o racismo existe, na maioria das vezes, não da forma como nos é pregado, mas de forma arraigada na sociedade. Que pela sua mitificação, transforma projetos de inclusão racial em projetos multiplicadores do racismo. E também é preciso que essa idéia do racismo descarado seja desfeita, para que as pessoas deixem de ser alienadas quanto ao racismo velado, que povoa as frases, as piadas, os filmes, as novelas, os estereótipos e é encarado como algo normal e puramente social.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

BlogGincana de Novembro


Primeira BlogGincana deste blog que vos fala, uma ótima iniciativa da qual desejo muito fazer parte.
A tarefa deste mês me pede para apontar 3 blogs que considero bons, como voltei a blogosfera agora, e foram poucos os que restaram, não tenho muita dificuldade na escolha, pois os que restaram realmente são bons!
Primeiro lhes apresento: http://poemaefilosofia.blogspot.com/


Um blog poético: belas poesias, singelas, marcantes, merecem um livro para que sejam honradas. Fala da vida, de diversas temáticas, desde flores a sentimentos.

Agora lhes apresento: http://adri-elly.blogspot.com/


O blog desta menina incrível, se parece muito comigo, temos as mesmas reflexões e ela consegue atingir a profundidade dos meus sentimentos.

E por último: http://semblantedoespirito.blogspot.com/


Não possui uma temática específica, mas essa baianinha escreve prosa divinamente, vale a pena passar alguns minutos lendo o que esta menina escreve!!!

Acho que assim termino minha singela homenagem a esses blogueiros queridos!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Nova Fase

Hoje começo uma nova fase no meu blog, uma nova fase na minha vida.
Uma fase sem enfatizar os silogismos, os conflitos, os problemas, as sínteses. Uma fase de letras, não importa quantas nem quais, mas que seja repleta de belas histórias, um relicário de palavras, um mausoléu de mim mesmo, para lembrar daquilo que em mim já morreu e ainda sim ser bonito para aquilo que está mais vivo do que nunca!
E eu estou muito vivo!! Vivo e em profusão comigo mesmo, estou a passar por uma tranformação confusa, que ninguém consegue entender muito bem, muito menos eu, mas vamos tentar juntos, quem sabe as letras não sejam o remédio, ou o caminho, para tudo isso.

Sejam bem-vindos às letras...