quarta-feira, 22 de junho de 2011

Sob Nova Direção

Depois de quase 1 ano sem colocar nada, vivendo em um deserto criativo, decidimos mudar de direção este espaço.

Este blog, a partir de agora está sob nova direção, eu não sou mais o mesmo, as pessoas que me liam, já não leem mais, então vamos mudar.

Peço paciência pois retomarei esta casa aos poucos, visual, favoritos, postagens...

Mas não deixem de chegar que a casa é de vocês....

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

[FÁBRICA DE LETRAS] Ode à Beleza



A luz, um vinho, um amor, um violão...
A beleza está na situação...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

De repente 20

Como chegou rápido e eu nem percebi, parece que foi ontem que fazia planos para os meus 20 anos...
Aos 20 arranjarei uma namorada com a qual eu queira me casar...
Aos 20 farei uma viagem da qual nunca me esquecerei...
Aos 20 vou arrumar um emprego e ter um pouco mais de independência...
Aos 20 estarei pleno de amigos...
Aos 20 estarei em plena forma física...
Aos 20...
Aos 20...

Alguns planos não se realizaram ainda, mas nesse ano que vem, no meu único ano dos 20, pretendo fazer tudo isso e muito mais!!!

sábado, 19 de dezembro de 2009

Hoje encontrei uma nova felicidade



Hoje encontrei uma nova felicidade. Uma que nem chega perto de ser palpável. Que existe, mas não sei onde se esconde, acho que dentro de mim, mas não consigo pegá-la.
E é tão bom sentí-la que a única coisa na qual penso é tentar buscá-la mais e mais, mais e mais, mais e mais...
Hoje encontrei uma nova felicidade, uma felicidade amor, mas apenas em sua parte boa, a parte da descoberta, da espera, da ânsia, do eterno amanhã que não chega. O amor em seu sentido lato, ou seja, tudo que lhe parece vermelho...

"E assim tem sido a minha vida, sempre me perdendo atrás do que é bonito..."

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Tempo

Um dia, depois de muito tempo, olhei no espelho, o relógio da alma, e vi que muito tempo tinha passado. Me desesperei por ter perdido dias tristes para chorar, felizes para sorrir, chuvosos para pensar e me lembrei de que "Quando nasci, um anjo torto, desses que vivem na sombra disse: Vai, Luiz! ser gauche na vida".

domingo, 29 de novembro de 2009

O Amor não espera

O Amor não espera

“O amor joga
destelha casas
toca campainha
não espera acordar!”
Ricardo Valente – blog Poema & Filosofia


Vamos à rua!
Que o amor não espera.
Passa sem hora
Intermitente na eras.

Vamos à rua!
Protestar pelo amor,
Pela beleza da flor,
Pelo gosto da dor.

Vamos à rua!
Que lá a briga está
E a vida sem surra
É vida perdida.

Vamos à rua!
Rua sem saída.
Porque vida sem amor
É pior que amor sem vida.

Luís Américo

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

[Fábrica de Letras] Preto no Branco: Parecer de um negro sobre o mito do racismo

Negra liberdade

Preta, pretinha, sai da bainha da nega fulo.
Dança sua dança, vira criança baiana nagô.
Caia na roda, a saia embola, o dia chegou,
Negra liberdade, festa na cidade, aqueça o bongô.

Luiz Américo


Preto no Branco:
Parecer de um negro sobre o mito do racismo


   Para quem não me conhece, antes de qualquer coisa, irei me apresentar brevemente, de forma relevante para tal parecer: Me chamo Luiz Carlos, tenho 19 anos, sou negro, estudante de Direito, classe média e vítima do racismo.

   Apresentar-me como vítima de racismo não é uma estratégia de convencimento emocional, daquelas bem baratas utilizadas em alguns textos dessa temática. Não pretendo despertar sentimentos em ninguém com tal texto, e também não ensejo justificar tudo aquilo que será dito ainda com tal status alcançado por mim, o de negro e vítima de racismo, apenas pretendo mostrar que já vivi aquilo que irei dizer.

   O racismo tem sido mitificado ao longo das décadas, colocando-se para as crianças que o preconceito racial é algo claro, perceptível, desvelado, ultrajante. E quando o tempo vai passando e elas, na maioria das vezes, não se deparam com tal situação de desvelo, passam a acreditar que o racismo é realmente um mito, e que não existe na nossa sociedade, enquanto vão sofrendo discriminação velada sem nem se darem conta da situação.

   E quando surge um projeto que afirma que ainda existe racismo escondido nas nossas estruturas sociais e precisa ser combatido com projetos de inclusão. A reação das pessoas criadas nesse mito é ver isso como uma forma de reviver o preconceito racial que para eles estava morto. E deixa de ser um projeto de inclusão para se transformar em um projeto de exclusão.

   A comemoração do dia da consciência negra é por muitos considerada manifestação racista, pois atenta para a conscientização da diferença, criando-se um feriado para que o negro se conscientize, enquanto não existe um dia para que o branco se conscientize da sua posição na sociedade. Em relação ao dia do índio ninguém nunca se pronunciou, mas quando o negro se insere na situação o mito do racismo entra em cena e distorce a sua finalidade. Não existe um dia da consciência branca porque o branco não possui o mesmo status social que o negro possui, nem possui a mesma herança histórica de dominação que o negro possui, apesar de estar aparecendo uma espécie de contra-racismo, mas esse é tema para outro momento.

   O sistema de cotas raciais é por muitos visto como racista e discriminatório, pois trata os estudantes com parâmetros diferentes para o ingresso, e acaba por destacar os alunos aprovados por cotas raciais, gerando divisão nas salas de aula. As cotas abrem uma porta para que aflore o racismo nas salas de aula, mas há a necessidade de nos confrontarmos com a realidade do nosso país, um país multi-étnico, com desigualdades sociais, e só assim esse panorama poderá ser mudado. Isso gera espanto, numa sala que antes possuía 50 brancos de classe média e alta passa a ter negros, pobres, índios e deficientes físicos. Isso é inclusão, isso é isonomia, isso é igualdade de oportunidades. Igualdade não é fornecer tratamento dentário gratuito para pessoas de baixa renda, mas quando se passa a existir dentistas que vieram de uma família de baixa renda.

   É necessário admitir que o racismo existe, na maioria das vezes, não da forma como nos é pregado, mas de forma arraigada na sociedade. Que pela sua mitificação, transforma projetos de inclusão racial em projetos multiplicadores do racismo. E também é preciso que essa idéia do racismo descarado seja desfeita, para que as pessoas deixem de ser alienadas quanto ao racismo velado, que povoa as frases, as piadas, os filmes, as novelas, os estereótipos e é encarado como algo normal e puramente social.