segunda-feira, 28 de julho de 2008

Ele estava livre...


“Como é duro acreditar no amor”, pensou Roberto em frente ao seu computador. Eram duas horas da madrugada e ele tinha seus olhos inchados. Só podia chorar nesse horário, achava que pareceria mais fraco se chorasse perto das pessoas, então se conformava em chorar nas madrugadas sobre as cartas de amor passadas, algumas rasgadas, algumas cuspidas, algumas pisadas e amassadas, mas sempre guardadas. Era a sua caixinha do sofrimento, sua caixinha do amor destroçado, do passado amedrontador, de todos seus fantasmas e feridas.
Era falar em Daniela pra sua caixa interior se abrir e a lembrança de todo o passado vinha à tona. Todos os momentos bons que haviam passado juntos e tudo que havia acontecido, o triste fim.
Seu ciúme funcionara como ácido em papel, corroeu tudo em um piscar de olhos, corroeu até o seu coração. Batera no melhor amigo dela, criou o namoro dele em uma prisão, uma prisão que ele mesmo inventou e na qual agora estava preso.
Deitou, sonhou. Sonhou com a liberdade, com a liberdade de viver, ficava com garotas nas festas, mas não sentia nada, estava bloqueado sentimentalmente. Uma bela mulher caminhava na direção dele em seu sonho, sua face era difusa, mas o perfume de rosas que exalava dela nunca seria esquecido, e a imagem do coração dela à mostra ficaria gravada em sua mente.
De manhã, ao ir por trabalho, aquele sonho ainda o perturbava, ainda o inquietava e o deixava ansioso, queria saber quem era aquela mulher. Com essa confusão mental saiu e foi trabalhar.
E a partir daquele dia tudo foi diferente, ele procurava aquela mulher em todas as mulheres que passavam pelo caixa que atendia no banco, antes ele procurava a Daniela em todas as mulheres, agora ele procurava a sua liberdade em todas as mulheres.
Ao chegar em casa, viu que muitas pessoas legais haviam passado pela vida dele naquele dia e decidiu abandonar o passado e pela primeira vez abriu sua caixa do sofrimento sem sofrer, apenas querendo se livrar de tudo aquilo. Pegou cada carta e leu para se despedir daquilo que um dia aconteceu e assim foi rasgando uma a uma e jogando na lareira. Ele estava livre...

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Fale sobre amizade

Quanta dor eu estou sentindo, pois irei me separar de um dos meus mais valiosos amigos, às vezes ele me decepciona, às vezes não me entende e fica lerdando, às vezes cai e eu não tenho a menor votade de rir, mas só de ajudar e consertar. Irei me separar do meu pc até domingo. Talvez no lugar aonde eu estiver possa até tentar atualizar-me nos blogs da vida, mas acho difícil postar algo.

Mas aproveitarei meu fim de semana para ler, descansar e relaxar. E já que eu estava falando sobre amizade, gostaria de deixar mais um poema do meu arquivo sobre amizade. Foi uma amiga muito querida que fez para mim e me deixou extremamente feliz.

Fale sobre amizade

Amizade?!
Falar sobre ela?
Difícil, muito difícil...
Amizade algo que não se tem, se conquista,
Algo que não se quer se precisa,
Algo que jamais perde, afasta,
Algo que sempre vou ter quando estiver em qualquer momento,
algo na saúde, na doença, na riqueza e na pobreza, e não existe a morte pra separar!
Amizade, algo engraçado de provar, explicar, só sentimos.
Não tem por que, mais existe!
Amigo é aquele por quem temos essa amizade, que podemos compartilhar,
Que podemos contar,
Que podemos esperar,
Pois eles sempre estarão no mesmo lugar.
Amigos não esquecem,
Ele vem e nunca volta,
Como se déssemos uma passagem sem volta pro nosso coração!
Uma pessoa quando se é amiga de outra, nunca precisa esperar pedir, tem que fazer.
Precisa esperar cair, tem que segurar,
Nunca precisa mostrar que esta lá, basta apenas "um eu te adoro"!
Cresci ouvindo que a diferença do amor pra amizade, é que o amor vai e volta e a amizade sempre fica!
Por isso meu amigo, estou sempre aqui, e sempre lembre, eu te adoro e nao precise que eu esteja ai do seu lado, pois nossa amizade corta qualquer fronteira.

Thays Colletes de Carvalho

terça-feira, 15 de julho de 2008

Amigo


Amigo

Tão difícil descrição
Não faz jus ao juramento
De total fidelidade
Que sustenta a posição.

Amigos, dizem ter,
Mas poucos mesmos os têm
Sou sortudo, sou um deles
E acho que você também.

Cartas, lamúrias, fraquezas
Inícios, meios e fins
Paz, alegrias e tristezas

Não, talvez e sim
Todas lembranças marcantes
De alguém especial assim.

Como você.

“Meu caro amigo me perdoe, por favor, se não te mando uma notícia...”
Chico Buarque – Meu caro amigo



p.s:. Agora alguns esclarecimentos sobre o último post: 1 - Natália, não estou apaixonado, estava quando escrevi, agora não estou mais; 2 - O poema é meu, o escrevi tem um tempo já, assim como esse desse post; 3 - e se quiser pode me add sim tatah!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Por Você

Por Você

Por você eu já fui tudo,
Atleta, poeta e ator...
Por você eu já fui tudo,
Profeta, artista, pensador...

Por você posso ser tudo,
Sapo, príncipe, plebeu
Por você posso ser tudo,
Padre, rabino ou até judeu...

Por você posso contar histórias
Histórias de guerra, histórias de glórias
Histórias de reinos, mulheres, rainhas
Pensamentos meus, histórias minhas.

Por você eu serei tudo,
Por você eu serei nada,
Por você eu serei hoje, amanhã, sempre.

Sempre atrás do amor,
Sempre atrás da vida,
Sempre atrás de ti,
O impossível possível.

sábado, 12 de julho de 2008

Saudade

- Por que eu não consigo parar de pensar nele. E pensar dói. Nunca pensei que pensar fizesse o peito apertar de tal forma. Essa hora deve estar se deliciando com os ares europeus, com as paisagens européias, com as mulheres européias. Acho melhor parar de pensar nele. Vou ler o jornal agora. Isso! Vou ler o jornal agora. – Pensou Bruna em meios aos seus lençóis. Já era meio dia e ela ainda estava na cama, não havia escovado os dentes, se banhado, trocado os pijamas, desde que acordara apenas pensava em Rogério, seu namorado, há duas semanas na Europa. Ele tinha ganhado a viagem de presente da mãe por ter passado no vestibular, seria um belíssimo médico, e ela uma belíssima jornalista, juntos tinham um futuro brilhante.

- Bruna, vem almoçar minha filha. – Gritou a mãe da garota da cozinha. – Tem Purê de batatas hoje.

- Purê de batatas? Justamente o que o Rogério mais gosta, posso até imaginar ele sentado à mesa conosco no dia de seu aniversário, deixou de almoçar com o pai para vir comer comigo e com mamãe. – continuou Bruna sem sair da cama ao ouvir a mãe chamar. – Hoje não estou com muita fome. – Gritou em resposta do quarto buscando evitar as lembranças do namorado. Não que quisesse se esquecer dele, mas preferia não se lembrar para não sofrer com a saudade. – O jornal! Vou ler o jornal agora. Talvez leia os classificados, a política internacional...

O jornal se encontrava sobre a mesa da sala. Bruna saiu de seu quarto, seus passos abafados pelas grossas meias que usava nos pés. Pegou o jornal cuidando para não fazer muito barulho e atrair a mãe que a obrigaria a comer. No quarto as partes do jornal foram despencando no chão e nas mãos da garota ficaram apenas as páginas do caderno internacional, e na capa: “Manifestantes mortos no Tibete em passeata a favor da libertação do país”.

Seu sangue gelou, “E o Rogério, será que aconteceu algo com ele? Mas não é possível, será que o meu amor foi um desses mortos?”. Por um momento Bruna pensou no seu namorado sendo atacado por ferozes policiais chineses. “Mas o Tibete não fica na Ásia? Ufa, ele não foi ao Tibete, mas pode estar correndo todo perigo do mundo, o avião dele pode cair na volta... Pára Bruna, olha como você fantasia as coisas. Há uma hora dessas ele deve estar na Grécia bem em frente ao Partenon.” E caiu na cama novamente, abraçada no jornal, os olhos segurando algumas lágrimas.

Saudade, a perigosa metamorfose do urso. No começo é um lindo urso de pelúcia, início de saudade é gostoso; Depois é um belo urso panda, ainda lindo e inofensivo, mas já não se pode ficar carregando pra todo lado; Então é um urso polar, perigoso mas fantasioso, vale o risco pra ver de perto; No final é um horrível urso pardo, pronto pra te devorar a qualquer minuto, basta arriscar pra correr o risco.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Daughters

Daughters


Grata paternidade,
Amor de filho,
Melhor o de filha
É incomparável,
Não tem idade.

Um beijo,
Um abraço,
Um carinho,
Um afago,
O amor.

Amor puro e verdadeiro,
Sem maldade,
Intensidade
Ou piedade,
Apenas amor.

Não amor roubado,
Não amor doado,
Não amor tomado,
Não amor vendido,
Apenas amor.

Amor nascido,
Irrevogável,
Destino,
Karma,
“Pai.”




“Fathers, be good to your daughters”.
John Mayer

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Queria Deus

Queria Deus

Queria ter a criatividade de Deus.
Criou o sol e a chuva,
A mão e a luva,
Criou o brilho dos olhos teus.

Queria ter a sabedoria de Deus.
Saber quando andar e quando correr,
Quando amar e quando sofrer,
Saber a verdade dos sentimentos meus.

Queria ser forte como Deus.
Forte humilde quando ganhar,
Forte firme quando perder

Forte pra dor agüentar
Quando um filho entregar
Pra vê-lo morrer.

Eu realmente queria ser mais igual a Deus em tudo, ser mais forte, mais sábio, mais criativo. Saber aguentar todas as desventuras sem me render a desesperança, ter mais prudência e paciência, saber me reinventar em mim mesmo quando tudo parecer mt difícil.
Queria tanta coisa, que tudo desse certo, que todo dia fizesse sol, que todo dia fosse natal, que todos se amassem e que as pessoas q se ama nunca estivessem longe.